sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Descaso total.....




A música parou e a Banda esta muda

Por GUILHERME ABRAÃO

A história da Sociedade Musical Estivense em alguns momentos se confunde com a própria história de Estiva/MG. Pois ao longo dos anos foram centenas de apresentações alegrando, emocionando a todos e elevando o nome de Estiva nos mais variados eventos e ocasiões, como por exemplo; nos aniversários da cidade, em inaugurações de obras, e em apresentações e encontros em outras cidades.

Mesmo com todo seu histórico e importância a música parou e nossa Banda esta muda, já não bastasse isso o que mais me impressiona é ver que dezenas de instrumentos estão literalmente jogados/amontoados, como se fossem ferro velho a espera de reciclagem.







 As pessoas que ficaram responsáveis por guardar e zelar pela conservação dos instrumentos acabaram se esquecendo de que eles possuem um valor financeiro em alguns casos extremamente alto, mas mesmo que os valores forem irrisórios não poderiam deixar de lembrar do mais importante, o valor histórico e cultural imensurável que os instrumentos possuem para nossa cidade, pois foram não só coadjuvantes mas em alguns casos ate mesmo protagonistas de muitos momentos importantes para Estiva/MG.





Gostaria de saber da Administração Municipal de Estiva/MG e em especial da Secretaria de Cultura, o porquê dos instrumentos estarem armazenados de forma incorreta? Pois é fácil notar o quão frágil eles são e por este motivo deveriam receber atenção e cuidados especiais. Ainda mais sabendo que foi extremamente difícil a aquisição e a estruturação da Banda, para agora eles serem abandonados e virarem vitimas de um tremendo descaso com a história da Sociedade Musical Estivense.





Como podemos ver nas fotos os instrumentos foram lançados a própria sorte, entre ratos, pombos e as águas que escorrem das paredes, já que o local escolhido pela Administração Municipal para armazena-los também esta em péssimas condições de conservação, demonstrando ai mais um descaso com a coisa pública por parte do poder público municipal.

Diante da gravidade do problema, penso e defendo que todos aqueles que algum dia tiveram a honra de ouvir ou fazer parte da Banda, teriam o direito e até mesmo o dever de zelar pela memória, pela história, pelo patrimônio cultural de nossa cidade, como preferirem, já que Administração Municipal deu provas de ser incapaz ou ate mesmo não achar importante zelar ou se preocupar com isso.




Por fim, proponho que alguém que tenha conhecimento musical e disponibilidade, catalogue os instrumentos, analise o tamanho do estrago que o descaso da Administração Municipal acarretou, para posteriormente os mesmos serem guardados em um local adequado, mas longe dos (mal)cuidados da Administração Municipal, sugiro que até mesmo os próprios membros da Banda cadastrem e fiquem em poder de seus respectivos instrumentos.





Espero profundamente que ainda tenhamos tempo para salvar não só os instrumentos, mas a história, antes que eles acabem sendo reciclados como simples latas de refrigerante, pois do jeito que estão (des)cuidando deles, infelizmente será isso que vai acontecer.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ciência para a Sociedade

     É sabido que a população mundial cresce de maneira acelerada, neste ano de 2011, por exemplo, atingimos a marca de sete bilhões de seres humanos ocupando a Terra. Contudo, o desenvolvimento da humanidade, medido através de índices como a produção de alimentos, industrialização, saúde, bem estar, meio ambiente, economia, empregos, produto interno bruto (PIB), entre outros, tornou-se fundamental para a manutenção da vida no planeta e já à algumas décadas passou a ser uma busca contínua dos governantes.       
     Nesta busca, destaca-se como um elemento de fundamental importância, o desenvolvimento e subsídio à Ciência. Cada vez mais se houve falar em pesquisas, testes laboratoriais e de campo, ensaios científicos, novas descobertas, grandes sonhos a serem alcançados e muitos já atingidos, como a cura de doenças, que a poucos anos eram incuráveis e fatais, como a descoberta de plantas capazes de descontaminar/limpar toda uma área poluída através da chamada fitorremediação, entre outros tantos exemplos noticiados diariamente na mídia. 
     Contudo, a Ciência se desenvolveu e tende a crescer ainda mais nas próximas décadas. Entretanto, ainda existem grandes desafios a serem vencidos neste processo, sendo o principal deles, a utilização da “Ciência para a Sociedade”.
     Mais do que grandes resultados científicos, mais do que descobertas extraordinárias da medicina, das ciências sociais, das ciências agrárias, mais do que números e percentuais antes inimagináveis, é preciso torná-los disponíveis, é necessário levá-los até a população. Disponibilidade descrita aqui, não como publicação em revistas científicas e apresentações em congressos, não como dezenas de páginas no Currículo Lattes dos pesquisadores, e sim como benefício real à comunidade realmente necessitada destes resultados. 
     O verdadeiro valor de uma droga recém descoberta para o tratamento do câncer não pode continuar sendo as patentes ou os royalties, e sim o tratamento rápido e eficiente de um paciente do sistema único de saúde do Brasil (SUS). A descoberta de uma planta, como o capim vetiver (Vetiveria zizanioides), capaz de fitorremediar solos e águas contaminadas por chumbo, fenol e resíduos de agroquímicos, proteger encostas, alimentar animais, fornecer sub-produtos como matéria-prima para a confecção de perfumes, cosméticos e artesanatos, e ainda sobreviver em condições extremas de precipitação, temperatura, fertilidade do solo e ataque de pragas, não podem beneficiar apenas os grandes empresários e as inúmeras pseudo-ONG’s que existem pelo mundo a fora, e sim as comunidades carentes, os batalhadores e sofridos artesãos, os criadores de cabras, búfalos e outros animais, que sofrem com a seca das pastagens e baixa tolerância hídrica das gramíneas atualmente utilizadas.
     Uma planta como o capim vetiver, com potencial comprovado por várias pesquisas científicas, precisa ser utilizada em prol das famílias que moram em áreas sob constante risco de deslizamentos de terra e não apenas na estabilização de uma encosta próxima ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
     Desta forma, destaca-se que ciência e sociedade devem ser integradas de forma permanente, para que toda e qualquer descoberta dos cientistas e pesquisadores, sejam verdadeiramente descobertas da sociedade e em prol da sociedade. Para tanto, um bom começo é descomplicar, deixar o “dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da evaporação de H2O do líquido resultante da prensagem do caule da gramínea Saccharus officinarum L. (1758)” para as longas e importantes reuniões científicas e usar a “rapadura” como energético e fonte de vitamina B2 no combate a desnutrição/fome no mundo.



 Michender Werison Motta Pereira; Gestor Ambiental pelo IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Prefeitura de Estiva/MG destrói milhares de livros

Por Guilherme Abraão

Em 2009 o Município de Estiva/MG foi contemplado pelo Fundo Estadual de Cultura - Edital FEC 01/2009. O projeto aprovado no valor de R$ 127.000,00 (cento e vinte e sete mil reais) foi para construção de um prédio novo e próprio para instalar a Biblioteca Municipal.



Breve histórico do caso

Desde o inicio do atual governo municipal em 2005, a precária Biblioteca que ficava no antigo prédio onde hoje esta sede do Poder Legislativo Municipal foi temporariamente transferida para uma sala no “Centro Comunitário Tia Dita”.

Em 2009, veio à aprovação do FEC 01/2009, no ano de 2010 começou as obras do prédio da Biblioteca, o terreno é bem localizado e fica nos fundos do Banco do Brasil. A empresa contratada tinha 180 dias para dar inicio e entregar a obra. Todos nós sabemos que prazos para obras em nosso país é uma piada, estamos no fim de 2011 e até agora, o prédio esta pronto e vazio, mas, onde estão os livros?


Livros?

No fim do ano de 2010, “alguém” determinou que os livros que estavam provisoriamente no Centro Comunitário fossem guardados em caixas de papelão. Depois de condicionar todo o acervo, as caixas foram divididas, os livros mais novos foram deixados ondem estavam, os outros livros, mais de 3 mil, foram levados sem o menor cuidado para uma “salinha” no prédio o antigo da Santa Casa e Maternidade Nossa Senhora de Fátima.



A tal salinha que fica no fundo do corredor ao lado do berçário, não tem ventilação, o espaço é estreito e pequeno, não tem nem 2 m2, o odor é forte, as caixas com milhares de livros, alguns até mesmo em pacotes fechados estão lá a quase um ano, abandonados e apodrecendo, triste fim para obras clássicas e raras. As águas das chuvas escorem pelas paredes e molham as caixas com os livros, muitas caixas estão podres...


Prédio novo sem nenhum livro novo

Mesmo com tanto abandono e desrespeito a coisa pública, neste caso livros que ajudaram a alfabetizar, a levar conhecimento e cultura a milhares de cidadãos estivenses, o governo estadual e federal tem enviado livros à “biblioteca”, sempre em pequena quantidades, entretanto, desde o inicio do governo do Sr. Gualberto, ele não adquiriu nenhum exemplar, nem sequer um gibi da turma da Mônica, nestes quase 8 anos, infelizmente ou tragicamente não correu nenhuma licitação para comprar livros para fazer parte do acervo municipal.



Talvez, pior do que não comprar livros, é deixar os existentes apodrecer. Esta trágica situação só reforça e comprova que o atual governo municipal não tem a educação como prioridade, uma vez que não adquiriu nenhum livro e ainda foi capaz de abandonar e deixar apodrecer quase todo acervo que levou anos para se formar, uma perda quase irreparável!



Quem será que eles estão esperando?

O prédio da nova biblioteca esta pronto, isso é o que percebemos ao passarmos pela calçada, e isso já faz alguns meses, mesmo assim eles não entregam este importante equipamento publico, mesmo que seja para ficar vazio é melhor do que deixar fechado e os livro se acabando em uma sala do SCMNSF.


A população merece uma atitude imediata, uma biblioteca descente com livros em boas condições e ambiente adequado a leitura. De que adianta um prédio vazio e livros apodrecendo enquanto a comunidade carece de cultura e boa informação? Até quando o descaso com a educação vai imperar em Estiva?"